domingo, agosto 09, 2009

The Offspring fecharam Festival Rock One

Offspring fecham Rock One com volume no máximo

Punk rock dominou última noite do festival. My Bloody Valentine viram lenços brancos


Noite barulhenta em Portimão, com muito moche à mistura. O Rock One despediu-se do Autódromo Internacional do Algarve com o volume no máximo e as baterias completamente gastas devido aos Offspring, que tiveram uma ajuda preciosa dos portugueses Tara Perdida.

A banda californiana veio a Portugal apresentar o seu último álbum «Rise and fall, rage and grace», mas foram os grandes sucessos dos anos 90 que mexeram mais com o público. «Come out and play», do álbum «Smash», de 1994, o mais vendido de todos os tempos por uma editora independente, saiu do baú e de repente o recinto era uma mancha de gente a saltar.

«Americana», o álbum lançado em 1998, também ganhou protagonismo e «Pretty fly (for a white guy)» e «Why don't you get a job?» mostraram que ainda são capazes de vender muitas cópias. A juntar ao longo repertório dos Offspring, muitas vezes interrompido para os músicos irem descansar um pouco, «Original prankster», do álbum «Conspiracy of one», também lá esteve.

Bem-vindos ao mundo dos Tara Perdida

Os Offspring bem podem agradecer aos Tara Perdida, pois o aquecimento do público não podia ter sido melhor. A banda portuguesa de punk rock, que até já fez a primeira parte dos californianos em 1998, nos coliseus de Lisboa e do Porto, tocou sempre com o volume no máximo e não deixou ninguém indiferente.

Ribas, Ruka, Ganso, Jaime e Rodrigo são uns monstros do palco e percorreram os cinco álbuns da banda para o demonstrar, com destaque para «Lambe botas».

My Bloody Valentine foram tiro ao lado

Não foi por acaso que a banda britânica mandou distribuir tampões para os ouvidos no recinto. Guitarras distorcidas, letras incompreensíveis e nenhuma interacção com o público. Se a intenção dos My Bloody Valentine era tocar para poucos fãs, conseguiram cumprir o objectivo. Se a intenção era fazer parte de um festival de música, falharam redondamente.

Tudo o que a banda conseguiu foi afastar milhares da zona do palco. O estilo alternativo estava completamente desadequado do público de Portimão e, por isso, os assobios e até os lenços brancos se sobrepuseram às palmas.

The Doups VS Benfica

Quatro jovens portugueses em palco pouco mais podiam fazer contra a Eusébio Cup. Assim, os The Doups acabaram por ter menos público do que o Benfica-Milan que dava nas televisões do recinto.

A banda de Setúbal teve como ponto alto do concerto o seu primeiro single «Try lie die», que deverá ser lançado na próxima semana.


in tvi.pt


Eu estive lá e começando no sentido inverso tenho que dizer que sendo Benfiquista não vou para um Festival ver bola embora tenha-me apercebido que o Benfica tinha marcado devido à correria para junto das tvs.
Segui para junto do palco onde perguntei mesmo "quem são estes?" (The Doups). Uns "putos" por ali tocavam e o som até era curtido embora não se percebe-se bem o que se cantava porque a musica sobrepunha-se à canção, mas gostei e acho que no geral quem viu curtiu e no final todos aplaudimos...
Seguiram-se os Tara Perdida e eu tenho que dizer que não é banda que me cative muito, tendo apenas 2 ou 3 músicas que até curto, se calhar não tinham ficado mal terem sido os primeiros da noite, embora compreenda o cartaz visto que os The Doups são "desconhecidos".
Pouco depois chegaram os My Bloody Valentine e logo cedo se percebeu o porquê de nos terem dado uns tampões para os ouvidos à entrada do Autodromo, mas coitados dos que pensaram que os tampões eram gomas ou que simplesmente se limitaram a atira-los para o chão, pouco depois tiveram que usar os dedos, as mão e até afastar-se do palco tal era o ruído produzido pela banda... Agora que penso aquilo podia ser considerado "poluição sonora". A tvi na noticia acima é muito senera e não diz tudo tão grave que era o momento musical, nunca na vida e já fui a alguns concertos, assisti a tal coisa, não foram só assobios e lenços brancos e já os lenços brancos são uma coisa irreal no mundo da música, chegaram a haver braços no ar apontando o maior dedo da mão para a banda... (.l.) e mesmo assim eles tentaram ser osso duro e parecia não quererem sair do palco...
Finalmente o momento mais esperado da noite os The Offspring fecharam o Festival em grande forma, pena o moche a mais digo eu, que curto ir a um concerto e ter o meu espaço, poder saltar e dançar sem ter que me preocupar se está alguém a vir na minha direcção sendo que o afastar, cotovelar ou evitar que o façam comigo... Contudo o concerto dos Offspring soube a pouco... fiquei com a sensação que no rock in rio foi melhor...

Será que para o ano há mais rock one?

1 comentário:

Anónimo disse...

Só tenho uma coisa a dizer, os MBV são das bandas britânicas mais importantes dos últimos 20 anos e uma verdadeira banda de culto com uma aura enorme, são uma das poucas (que gosto) que não tive ainda oportunidade de ver ao vivo. Claro que já sabia que isto tudo ia acontecer, espero por isso que algum promotor tenha o bom gosto de os colocar no Coliseu de Lisboa muito em breve porque tenho a certeza que vai ser uma experiência inolvidável e que a sala esgotará a sua lotação com toda a certeza.

JB