Víctor Jara vai poder "descansar em paz", diz Presidente chilena
"Juan sin tierra" - Ska-p
Voy a cantar el corrido de un hombre que fue a la guerra Y anduvo en la sierra herido para conquistar su tierra Lo conocí en la batalla y entre tanta bala cera Que el que es revolucionario puede morir donde quiera El general nos decía: peleen con mucho valor Les vamos a dar parcela cuando haya repartición No olvidamos el valor de Víctor Jara Dando la cara siempre a la represión Le cortaron sus dedos y su lengua Y hasta la muerte gritó revolución Gritó Emiliano Zapata: Quiero tierra y libertad Y el gobierno se reía cuando le iban a enterrar Mi padre fue peón de hacienda y yo un revolucionario Mis hijos pusieron tiendas y mi nieto es funcionario Vuela, vuela, palomita, pósate en aquella higuera Que aquí se acaba el corrido del mentado Juan Sin Tierra No olvidamos el valor de Víctor Jara Dando la cara siempre a la represión Le cortaron sus dedos y su lengua Y hasta la muerte gritó revolución Revolución, revolución, Víctor Jara cantó
Víctor Jara vai poder "descansar em paz", diz Presidente chilena
A Presidente do Chile, Michelle Bachelet, assistiu esta sexta-feira ao velório dos restos mortais de Víctor Jara, assassinado em 1973 pelos militares golpistas, e disse que, ao fim de 36 anos, o cantautor chileno "pode descansar en paz".
Bachelet e a porta-voz do Governo, Carolina Tohá, foram recebidas na Fundação Víctor Jara pela viúva e as filhas do cantor.
O ataúde de madeira onde repousam os restos de Jara é o mesmo em que foi sepultado a 18 de Setembro de 1973 quando a sua mulher, acompanhada por apenas duas pessoas, o depositou num nicho do Cemitério Geral.
O ataúde foi restaurado por Amanda, uma das filhas do artista, depois de o corpo ter sido exumado em Junho último para ser submetido a uma série de exames.
Evocando o autor de canções como "Te recuerdo Amanda" e "El Cigarrito", Bachelet descreveu-o como uma pessoa "íntegra" e "coerente" com os valores da justiça social, a humanidade, o respeito e a solidariedade.
"O nosso país - disse - demorou 36 anos a devolvê-lo ao Chile, a devolver à sua família este Víctor que é nosso, é de todos nós. Creio que é a melhor homenagem que podemos prestar-lhe, esta homenagem que é reconhecê-lo em toda a sua plenitude".
"Finalmente, depois de 36 anos, Víctor pode descansar em paz", observou, lembrando que "há muitas outras famílias que querem poder descansar em paz".
"Creio que (Víctor) está por aqui, connosco (...) continua a viver e a lutar connosco por um mundo melhor", disse, por seu lado, a viúva, a britânica Joan Turner.
A homenagem ao cantautor começou quinta-feira, com a presença no velório da ministra da Cultura, Paulina Urrutia, o músico chileno Ángel Parra, filho de Violeta Parra, o realizador de cinema Andrés Wood e o candidato presidencial da esquerda extra-parlamentar, Jorge Arrate, entre outras figuras da política e da cultura.
Segundo fontes da Fundação, passaram pela Fundação, desde quinta-feira, cerca de 10.000 pessoas.
Este sábado de manhã, sairá da sede da Fundação o cortejo fúnebre, que percorrerá as ruas de Santiago até ao Cemitério Geral.
Cantautor e director de teatro, Jara foi assassinado no Estádio Chile, um recinto desportivo utilizado como centro de reclusão e tortura, dias depois do golpe de estado que em 11 de Setembro de 1973 pôs fim ao governo democraticamente eleito do Presidente Salvador Allende e levou ao poder a ditadura militar de Pinochet.
Segundo a investigação judicial, Jara foi brutalmente espancado e torturado, esmagaram-lhe as mãos com as coronhas das espingardas e dispararam contra ele 44 tiros.
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